Cap. 1 - Vivendo e Aprendendo


Capítulo 1 - Apresentações





Bem, eu moro com o meu pai e isso é um porre.

Ele é um péssimo pai e não dá a mínima pra mim, mas pelo menos não é um daqueles pais escrotos que estupram as filhas ou as espancam. Ele me trata como uma de suas vadias. Eu sei, eu sei, por isso que ele é péssimo.

Ele é dono de uma revista pornô e também faz uns vídeos com aquelas “atrizes” (eu nunca quis saber muito disso). Então ele acha que todas as mulheres são ou deveriam ser como elas. Aos meus 5 anos minha mãe sofreu um acidente, é ela também era atriz pornô, mas até que cuidava bem de mim. 

Desde então eu comecei a ir ao trabalho dele depois da escola, até os 8 anos eu não ligava, mas depois comecei a achar muito nojento aquelas cenas, já que ele dirigia pessoalmente todas elas e eu tinha que ficar colada nele todo tempo. Quando fiz 14 e já tinha mais corpo ele quis que eu participasse de alguns de seus filminhos, eu recusei claro e fiquei aliviada quando ele não me forçou. 

Dai eu comecei a entender melhor o que era o sexo e o que eles faziam, mas era demais pra mim, ainda mais quando ele resolvia participar de alguns vídeos. Ao ver meu próprio pai, mesmo que eu não sentisse que ele me via como filha, fazendo aquelas coisas que só punheteiros gostam de assistir, passei a sentir repulsa pelo sexo.

É, você está pensando certo, hoje eu tenho quase 18 anos e sou virgem (patético, mas real). Não por medo ou não “estar preparada”, nem por ser assexuada e não sentir atração por ninguém já que quando vejo um cara gostoso sinto vontade de pular em cima dele, mas por nojo, sinto que não quero aquilo, que assisti desde os meus 5 anos, pra mim. Então vou seguir com minha vida sem sexo até que eu sinta que não posso mais resistir.
Atualmente, uma rebelde sem causa que procura irritar os pais sai por aí transando com qualquer um e enchendo a cara regularmente. Mas comigo isso não funciona, não afetaria meu pai, pois é isso que ele faz, então o fato de eu não transar e ficar bêbada todas as noites já me torna uma rebelde a seus olhos. Então, minhas boas notas e eu não me vestir como uma prostituta metida a Barbie (como todas as meninas da minha sala) só faz de mim uma decepção pra ele, pois se chegar um dia em que ele se orgulhe de minhas atitudes ah, aí eu já fui corrompida e estarei rodando bolsinha numa esquina ou debaixo de um viaduto.

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